tempos médios de espera

Hospital Particular Alvor

00h47m

Urgent Care

Hospital Particular Gambelas

00h30m

Urgent Care

01h07m

Paediatrics

Hospital Particular da Madeira

00h14m

Urgent Care

01h17m

Paediatrics

Madeira Medical Center

Unscheduled Medical Care

Notícias

Tratamento por Radiofrequência para a Dor Crónica Lombar

As dores da coluna vertebral são as queixas dolorosas mais frequentes da espécie humana. Cervicalgias, dorsalgias e lombalgias são mundialmente as causas mais comuns de consultas médicas e de absentismo laboral. Estima-se que, em algum momento da vida, 85% da população desencadeará um quadro de lombalgia.

 

As lombalgias podem ser enquadradas em quadros clínicos bem definidos: degenerativos (por desgaste das estruturas articulares), infeciosos, fraturas vertebrais, neoplasias, etc. ou, na maioria dos casos, em quadros inespecíficos. A estes quadros mal definidos de dor axial (central), chamamos de lombalgias mecânicas.

 

As lombalgias mecânicas podem ser classificadas de agudas ou crónicas, sendo que estas últimas dizem respeito a uma sintomatologia superior a seis meses e correspondem a 2-7% da totalidade dos casos. Os fatores de risco são múltiplos, incluindo os relacionados com a profissão (trabalhos pesados, repetitivos), postura, excesso de peso, fatores de ordem genética e psicossociais. Estes com forte influência nas lombalgias crónicas e incapacitantes.

O diagnóstico é realizado pela avaliação clínica do doente e por estudos de imagem, de entre os quais a ressonância magnética é particularmente relevante. O objetivo do tratamento é aliviar a dor, recuperar a funcionalidade, prevenir a recorrência e a cronicidade.

 

As técnicas de intervenção minimamente invasivas percutâneas, guiadas por imagem – Tomografia Computorizada, Fluoroscopia e Ultrassons – permitem identificar, numa percentagem considerável de casos, as estruturas anatómicas envolvidas na génese das lombalgias inespecíficas crónicas. Os discos intervertebrais, as facetas articulares e as articulações sacroilíacas são as estruturas que apresentam maior associação com esta condição.

Estas técnicas de intervenção não se limitam ao diagnóstico; estendem-se ao tratamento e ao prognóstico, orientando o neurocirurgião para a causa da dor, permitindo-lhe tratá-la de uma forma mais direcionada, como é o caso da radiofrequência.

 

A radiofrequência é uma onda ele­tromagnética, que é aplicada através de um elétrodo de pequeno calibre, inserido por uma agulha especial, ficando exposta apenas a sua parte mais distal. Quando a corrente de radiofrequência é libertada produz calor e um campo elétrico. A radiofrequência térmica é usada para tratar a dor facetária (ao nível das facetas articulares das vértebras) ao causar a termocoagulação do nervo medial.

A radiofrequência pulsada usa o campo elétrico, mas não o efeito térmico, para provocar a analgesia e pode ter outras aplicações dado que não causa destruição nervosa.

A lombalgia com origem nas articulações sacroilíacas pode também ser tratada com radiofrequência.

 

Intervenção por radiofrequência realizada pelo Dr. Leandro Augusto Ribeiro Silva, no HPA – Alvor.

 

25 de Outubro de 2024